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GIRA com menos bicicletas anunciadas

A Câmara Municipal de Lisboa e Fernando Medina têm de explicar de uma vez por todas o que se passa com a GIRA. Das 700 bicicletas que a Órbita já terá entregue à EMEL, apenas 350-400 estão na rua. Os utilizadores queixam-se das docas vazias e com razão. Só 50% da frota está disponível. A EMEL diz que a responsabilidade é da Órbita, que fornece os equipamentos do sistema e não estará a ter capacidade de resposta, tanto ao nível da manutenção, tanto no que toca ao fornecimento de novas bicicletas.

O esclarecimento da EMEL surgiu tarde. Desde meados de Agosto que os 16 mil utilizadores da GIRA tiveram de lidar com o silêncio desta empresa pública que gere o serviço que pagam. Um problema alarmante de falta de comunicação que não era novidade para ninguém. Aliás, em Julho, escrevi no Shifter um artigo sobre isso e outros problemas da GIRA.

Por esta altura, a rede GIRA já deveria ser composta por 140 estações e 1410 bicicletas – a conclusão da chamada 1ª fase de implementação tinha sido apontada para final de 2017. Neste momento, existem 74 estações e pouco mais de 350 bicicletas. Ou seja, a rede está a 50% em termos de estações e estão disponíveis apenas 25% das bicicletas previstas. Se a responsabilidade é efectivamente da Órbita, não sabemos, até porque a empresa já se desmarcou do esclarecimento da EMEL. O certo é que o assunto precisa de ser melhor explicado a quem o paga – não só os utilizadores, mas também os contribuintes (afinal de contas, estamos a falar de um serviço público). Da EMEL e do poder político deve exigir-se mais comunicação e sobretudo mais transparência.

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