A EMEL é uma empresa pública. A Câmara Municipal de Lisboa é uma entidade pública. As duas são, em parte, financiadas com o nosso dinheiro e, por isso, precisam de ser mais transparentes connosco. É impensável que não haja qualquer informação sobre onde andam as bicicletas da GIRA.

Vários utilizadores têm queixado-se no grupo oficial da GIRA no Facebook das docas vazias. A EMEL não respondeu a uma única publicação ou a um único comentário. Esses utilizadores são assinantes do serviço e, como tal, precisam de ser informados do que se passa.

Não é a primeira vez que desaparecem bicicletas das docas. Na primeira vez, os utilizadores só foram informados à posteriori de que várias bicicletas tinham ido para reparação. Não foi feito qualquer aviso prévio a quem todos os dias usa o serviço e, mais importante, paga-o.
Desta vez, o aviso foi também à posteriori. Se na primeira vez ainda se dava o benefício da dúvida. Todos erramos. Mas errar duas vezes é uma falta de respeito para todos os que assinaram a GIRA e para todos os lisboetas.

As bicicletas começaram a ser repostas hoje, aparentemente. Também não percebo que sentido faz retirar dezenas de bicicletas ao mesmo tempo das ruas em vez de fazer algo mais gradual e que não tem tanto impacto para os utilizadores.

Por fim, não basta a Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina e o vereador da Mobilidade, anunciar que foram vendidos X passes de GIRA. É bom, fico mesmo contente com isso. Mas a EMEL precisa de deixar-se de “merdas”, e começar a dialogar mais. Estamos em 2018. Já chega de politiquices, já não há pachorra.