Nem todos os trabalhos têm hora marcada e local fixo. Há cada vez mais empresas remotas ou distribuídas, que permitem aos seus colaboradores trabalharem onde se sentem mais produtivos e estabelecer as suas próprias rotinas. É o caso da Automattic, onde trabalham o Miguel Fonseca e o Jorge Costa. Cruzei-me com eles no Porto, em Maio, e pedi-lhes para partilharem o que é isso de trabalhar à distância. O resultado está aqui.
Acima de tudo, dizem, é uma flexibilidade e liberdade gigante que exige uma grande capacidade de auto-gestão do lado do colaborador e que desafia-o a criar relações de confiança e diálogo. Concordam que medir o trabalho pelo que se produziu em vez de horas dispensadas é uma melhor opção e acham que todas as empresas deveriam aprender um pouco com o modelo distribuído, uma vez que as empresas distribuídas são boas a criar histórico para quem não está presente ou para se revistar no futuro.
Nunca tinha pensado muito sobre isto do trabalho remoto ou distribuído até começar a ler algumas coisas online e me cruzar com o Miguel, que trabalha na Automattic e que também é professor de dança. Aproveitei o WordCamp no Porto para explorar esta questão do trabalho remoto e perceber a diferença para o conceito de trabalho distribuído (a Automattic é distribuído porque não tem uma sede, um ponto fixo). Lá conheci o Jorge, que também trabalha na Automattic. A partir de Portugal, são uns 5-10 colaboradores no total, existindo mais de 700 por todo o mundo. A Automattic é a principal empresa por detrás do WordPress.
Uma nota final para um pormenor interessante do artigo sobre trabalho remoto ou distribuído: o MacBook que aparece com o logo do WordPress é mesmo um MacBook só que, em vez de ter o logo da maçã, tem aquele W. Quando está ligado, o W fica com luz tal como ficaria a maçã. Ou seja, isto ainda é uma personalização algo sofisticada, que nunca tinha visto e que é oferecida aos colaboradores pela Automattic aquando da celebração uma determinada meta (penso que ao fim de 4 anos na empresa).