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A Fábrica de Nada

Fui ver A Fábrica de Nada e digo-vos agora, no Shifter, porque é um filme a não perder.

2017 continua a ser um bom ano para o chamado cinema português de crise. Depois de São Jorge, o filme de Marco Martins que premiou o actor Nuno Lopes no festival da especialidade em Veneza, eis mais uma produção com uma mensagem socio-política relevante sobre Portugal, com a crise económica de 2015 como pano de fundo.

Entramos na sala do Cinema IDEAL, na baixa lisboeta. De repente, saímos de uma Lisboa congestionada pelo turismo e invadimos numa metrópole agitada pelos direitos laborais, que se define entre a capital e os subúrbios de Vila Franca de Xira – nomeadamente a Póvoa de Santa Iria, onde a crise deixou um rasto de fábricas fechadas e atirou pessoas para o desemprego. É esse o espaço que Pedro Pinho apresenta em A Fábrica de Nada, a sua primeira longa-metragem, já premiada em Cannes e que agora está finalmente em exibição em Portugal.

mde
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