A Apple cimentou a sua posição no mercado com a estratégia de desenvolver o hardware e software em conjunto. A Google decidiu adoptar essa táctica em 2016, mas este ano reforçou um novo elemento na equação: inteligência artificial (AI).
Assim: Google = AI + software + hardware. E a ordem não é por acaso.
A inteligência artificial é o coração da Google – aquilo que dá vida aos seus vários produtos e serviços, através da integração do Google Assistant nos mesmos. Segue-se o software, de que se destacam as várias apps como o Photos, o Drive ou o YouTube, mas também o sistema operativo Android e todas as suas variantes (TV, Wear, Auto).
Por fim, o hardware. É a parte mais visível desta estratégia. É que se a inteligência artificial e o software da Google podem ser encontrados em equipamentos que esta não faz (como o iPhone), é no seu hardware que eles ganham a sua melhor forma.
Os telemóveis Pixel, lançados em 2016, foram o primeiro sinal desta nova equação estratégica da Google. Seguiu-se uma coluna inteligente chamada Google Home, o router Google Wifi, novos Chromecasts e os óculos de realidade virtual Daydream View. Um ano depois, a Google reforça a sua família de produtos com os Pixel 2, os auriculares sem fios Pixel Buds, mais duas colunas para a família Google Home – a Mini e a Max –, um portátil convertível Pixelbook, uma nova versão dos Daydream View e a câmara fotográfica Google Clips.
(Nota seja feita para dizer que a inteligência artificial está a tornar-se um ponto central também da estratégia da Apple com uma maior aposta na Siri, a sua assistente digital, e um esforço para trazê-la para mais dispositivos, incluindo a nova coluna HomePod.)