Pouco consigo dizer sobre o Festival Silêncio porque fui uma única noite, mas fiquei com a certeza de que é evento a acompanhar nos próximos anos – se e sempre que se realizar. É um festival sobre a palavra, que espalha música e literatura pelas ruas e lojas do Cais do Sodré.
Sexta-feira, 29 de Setembro. O Cais tem a animação normal de uma noite de fim-de-semana, mas há palavras soltas penduradas nas fachadas dos edifícios, poemas a serem lidos num bar ao virar da esquina e concertos gratuitos na praça junto ao Mercado da Ribeira, que prosseguem noite dentro no Musicbox.
Houve Nerve, que durante 45 minutos encarnou a personagem de Trabalho & Conhaque Ou A Vida Não Presta & Ninguém Merece a Tua Confiança – o álbum que largou em 2015. Seguiu-se Conjunto Corona e o seu Cimo de Vila Velvet Cantina. Concerto que deixei a meio com medo de que houvesse fila no Musicbox para ver Ermo e um dos discos nacionais mais surpreendentes deste 2017, Lo-Fi Moda – uma estreia na capital. Não houve fila, afinal, mas a sala encheu-se.
O Festival Silêncio é recente. A primeira edição foi em 2016, entre Junho e Julho. Creio que ter-se mudado para final de Setembro/início de Outubro resultou melhor – não passou despercebido na confusão festivaleira do pré-Verão.
(Sim, as fotos de Conjunto Corona e Ermo são de telemóvel.)
Ficam os álbuns. Integrais e legais: