Há uma nova ciclovia a nascer na Avenida Cidade de Praga, em Carnide. É uma avenida que passa junto ao Bairro Padre Cruz, ao Metro de Carnide, ao Hospital da Luz e ao Colombo. Os carros perderam uma faixa, as bicicletas vão ganhar uma faixa segura.
Esta ciclovia é plana e parece estar bem desenhada, com intersecções seguras quer para bicicletas, quer para peões. Liga à pista que atravessa a Pontinha, permite chegar rapidamente a Telheiras e tem ligações também ao Colombo, a Benfica ou a Monsanto.
Este novo trajecto faz parte do plano da Câmara Municipal de Lisboa para criar 210 km cicláveis na capital, entre este ano e o próximo. As novas ciclovias estão a ser identificadas a verde e nota-se uma preocupação acrescida do lado da Câmara com a sua colocação, procurando não criar conflitos com carros ou peões e garantindo a circulação segura de bicicletas. Ainda há muito caminho a percorrer, nomeadamente quanto à correcção de traçados antigos. A maioria das ciclovias vermelhas apresentam erros graves e era bom que fossem repensadas.
Para já isso aconteceu junto ao Fonte Nova, onde o percurso em zig-zag foi substituído por um a direito e com passadeiras identificadas para peões.
Até 2025, a Câmara Municipal quer que a quota modal da bicicleta seja de 15% na cidade, isto é, que 15% das deslocações na cidade sejam neste meio de transporte. Recentemente, ouvi o vereador José Sá Fernandes, que detém o pelouro dos espaços verdes, comentar que um dos objectivos da rede ciclável da cidade é ligar escolas e universidades.
Faz sentido, até porque em algumas faculdades e institutos do ensino superior existirão bicicletas à disposição dos alunos para aluguer anual a um preço acessível, através do projecto U-Bike. Uma boa infraestrutura ciclável é também necessária para que a bicicleta se torne uma alternativa de mobilidade para mais pessoas e para o sucesso do sistema de bicicletas partilhadas, a Gira, cuja gestão está a cargo da EMEL.
Ciclovias não são a única solução da Câmara para uma Lisboa ciclável. Estão a surgir estradas partilhadas com automóveis, em que o limite de velocidade é de 30 km/h, parques de estacionamento para bicicletas, e pequenos testes, como as Zonas Avançadas para Bicicletas.