As obras de expansão do Metro de Lisboa cortaram, na zona do Campo Grande, a ciclovia da Alameda das Linhas de Torres – uma ciclovia com menos de um ano de existência e que faz parte de um dos eixos cicláveis estruturantes da cidade. Não foi criada qualquer alternativa.
No sentido Campo Grande-Lumiar, os ciclistas são agora deixados em contra-mão. E no outro sentido, tentam safar-se como podem.
No local, a informação é escassa ou inexistente – tanto para quem anda de bicicleta, como para quem anda a pé. Sim, os peões também têm a vida dificultada e são muitos os que arriscam ir pela berma da estrada, em vez de utilizarem o desvio sugerido pelo Metro.
Se o actual executivo está realmente preocupado com a segurança das ciclovias (e com as crianças que nelas circulam) e se os partidos da oposição querem de verdade melhorar a cidade, então deverão mexer-se para mudar esta situação.
As obras do Metro vão durar muito tempo e é possível criar ali uma alternativa. Tal como está, a situação é inaceitável. Num dia de semana de manhã, é difícil contar os ciclistas que passam por ali – são muitos; os contadores da EMEL apontam para 600-650 utilizadores diário.



