
Coimbra precisa da nossa atenção.
O encerramento anunciado da estação central de Coimbra – também conhecida como Coimbra-A ou Estação Nova – é mais um crime que querem cometer nesta região já tão fustigada por crimes ferroviários, do encerramento da Linha da Lousã ao fim do comboio para Cantanhede.
A decisão de acabar com a estação ferroviária que serve o centro de Coimbra foi tomada aquando da ideia absurda de um metro ligeiro para a Lousã, mas não foi revista com a alteração do projecto para um sistema de Metrobus. A estação de Coimbra-A serve anualmente 1,3 milhões de passageiros, sendo, por isso, uma das estações ferroviárias com maior afluência em Portugal. A ela chegam comboios da Figueira da Foz, de Aveiro, da Guarda e do Entroncamento.
O futuro sistema de BRT – vulgo Metrobus – não conseguirá responder à actual procura da Estação Nova, uma vez os futuros autocarros eléctricos terão menos capacidade que os actuais comboios. É possível manter o Metrobus e o comboio a funcionarem lado a lado, evitando o crime de deixar a ferrovia a 1 km do centro da cidade – ou seja, a 15 minutos a pé – e poupando também aos passageiros um transbordo para autocarros sobrelotados, principalmente a horas de ponta.
O crime que será o encerramento da Estação Nova de Coimbra, que é tido como irreversível, deveria ter mais atenção de todos nós e também da nossa comunicação social. Uma petição em curso pretende evitar o encerramento desta estação e levar o assunto à Assembleia da República. Vai com 668 assinaturas, mas são precisas pelo menos 2500. Assinem aqui.