Prometeu retirar a ciclovia, sem explicar como, sem apresentar uma alternativa, sem ouvir todas as partes. Prometeu retirar, ponto. Com isso, gerou um ambiente de medo, de instabilidade, de dúvida. Um clima contrário ao que Moedas tinha prometido trazer para Lisboa, quando prometeu envolver as pessoas na gestão da sua cidade.
Depois de uma grande manifestação que juntou cerca de um milhar de pessoas em defesa da ciclovia e agora de uma petição com perto de 3 mil assinaturas recolhidas em papel a pedir que nenhuma ciclovia fosse removida até ser encontrada – se houver – uma alternativa, o discurso de Moedas mudou finalmente. As palavras do novo vereador da mobilidade, Ângelo Pereira, na semana passada são sinal disso: “Não vai acabar nenhuma ciclovia em nenhuma localidade da cidade. Iremos corrigir o que está mal, manter o que está bem e iremos fazer crescer a possibilidade de os lisboetas se circularem em Lisboa através da mobilidade suave.”
O compromisso está assumido: nenhuma ciclovia vai ser retirada. Nem a da Almirante Reis, nem a da Avenida de Berna, nem a do Sporting, nem a dos Olivais, nem outra qualquer. As pessoas que se deslocam de bicicleta conseguiram mostrar a Moedas que também são pessoas da cidade, que também têm de ser ouvidas e que, acima de tudo, merecem respeito.