A Presidência de Carlos Moedas não deverá significar um regresso da era do automóvel à cidade, nem tão pouco um retrocesso às políticas dos anos 1980 ou 1990, como se apressou a escrever por aí.
No seu último discurso como Presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina abordou a crise climática para lembrar que se trata de um “combate que nos deve unir e que não podemos interromper, adiar ou abrandar” e que é imperativo que a política, “com a maior coragem e a máxima responsabilidade”, dê “respostas urgentes e eficazes” ao mesmo tempo que procura “mobilizar os cidadãos, vencendo hábitos instalados”.
A mensagem do Presidente da Câmara cessante é dirigida também ao próximo executivo, que assumirá funções no dia 18 de Outubro. Carlos Moedas teve oportunidade de dizer durante a campanha que não iria romper com o rumo que Lisboa estava a tomar e Fernando Medina, por seu lado, prometeu ajudar o Presidente eleito em tudo o que for preciso para o arranque do novo mandato em pleno. Não se espera, por isso, que haja uma ruptura na gestão da capital, mas antes um ciclo de continuidade.