O digital, tal como é hoje em dia importante para a comunicação em sociedade, deveria ser primordial para as campanhas autárquicas.
Se navegarmos no site de uma das principais candidaturas autárquicas em Lisboa, vamos reparar que apenas uma parcela pequena das freguesias tem os programas eleitorais disponíveis. No espaço digital de outra candidatura, também de Lisboa, não há sequer informação sobre os seus candidatos às 24 freguesias, nem tão pouco é possível saber quem é o cabeça de lista à Assembleia Municipal. Por fim, uma outra candidatura à Câmara da capital não tem sequer um site online – resta aos eleitores uma página de Instagram com conteúdo pouco aprofundado.
O meio digital, tal como é hoje em dia um meio importante para a comunicação em sociedade, nas mais diversas esferas, deveria ser um espaço primordial nas campanhas eleitorais. Não obstante das arruadas, dos panfletos que são distribuídos nas ruas e dos papéis que vão chegando às caixas de correio dos eleitores, fundamentais para populações sem acesso ou digital ou com uma baixa literária que dificulta a navegação, as candidaturas deveriam, por sua iniciativa ou por lei, disponibilizar toda a informação online. Neste sentido, deveria ser possível, no site de cada candidatura consultar o programa eleitoral até determinado número de dias antes da ida às urnas, bem como as listas completas de pessoas que se candidatam a cada órgão autárquico. Afinal de contas, de que serve a digitalização se não cumpre o básico de tornar a informação mais acessível, a qualquer um, em qualquer parte, a qualquer hora?