A não reeleição de Fernando Medina só foi surpresa para quem não tomou Carlos Moedas como um adversário forte e que poderia realmente ganhar a autarquia lisboeta. Moedas prometeu “novos tempos” em Lisboa e agora teremos de esperar para ver o que isso significa. Certo é que tanto na Câmara como na Assembleia Municipal a coligação PSD/CDS liderada por Moedas vai ter de enfrentar uma maioria de esquerda – até porque à direita não terá ninguém com quem negociar.
Mais certo ainda é que o Lisboa Para Pessoas, enquanto órgão de imprensa local, continuará por cá mas agora tem um desafio acrescido – mostrar que a visão de uma cidade mais humana e inclusiva não é algo de esquerda ou de direita, nem deste ou do outro partido, antes pelo contrário. Pode, deve e tem de ser uma visão partilhada por todos/as, independentemente do seu alinhamento politico-partidário, na preparação das cidades para a crise climática e para um futuro sustentável. Cá continuaremos para, com jornalismo (e não só), ajudar a construir uma cidade para pessoas.