À esquerda, o cartaz que a campanha de Carlos Moedas colocou à beira da Almirante Reis. À direita, corrigido. As fotos são minhas; a criatividade não (apanhei no Twitter).
Na política, continua a insistir-se num discurso de “velhos tempos”. O modelo de urbanismo e mobilidade centrado no automóvel está extinto, e não tenho dúvidas de que as ciclovias fazem parte das cidades do futuro. Precisamos de trabalhar para tornar as nossas cidades mais inclusivas, voltando a integrar a bicicleta no meio urbano e criando condições para que as pessoas possam optar por este meio de transporte, caso queiram.
Os dados, aquilo que podemos observar pelas ruas de Lisboa e as conversas que podemos ter em diferentes contextos indicam-nos que, quando essas condições são fomentadas (através de ciclovias ou de bicicletas partilhadas, por exemplo), muitas pessoas passam a escolher pedalar e que, quando não têm essas condições à sua porta ou no seu trajecto diário, muitas lamentam-no. No fundo, tudo isto tem a ver com escolha, com inclusão. Pode dizer-se que esta Almirante Reis dos “novos tempos” é uma avenida mais inclusiva, porque inclui quem quer deslocar-te de bicicleta e dá a essas pessoas conforto e segurança.