Avançar para o conteúdo

Plano Ferroviário Nacional

Portugal vai ter um Plano Ferroviário Nacional, que resista às mudanças de governo e que defina as prioridades para a rede ferroviária do país. O Plano ainda não existe; o que há é uma vontade política de o criar e algumas ideias que podem servir de ponto de partida à sua discussão:

  • a ferrovia para tirar carros e camiões das cidades e estradas. Para o comboio ser competitivo, é fundamental olhar para os tempos de viagem e reduzi-los em relação ao automóvel;
  • fazer o comboio chegar não só a todas as capitais de distrito, mas a todas as cidades com mais de 20 mil habitantes. O comboio deve ir ao centro da cidades;
  • reactivar as linhas que já foram encerradas não deverá fazer sentido, pois foram pensadas no contexto do século XIX, apresentando traçados sinuosos e indirectos;
  • pensar em ligar Aveiro a Viseu e Mangualde, estudar uma ligação para Trás-os-Montes entre Porto, Vila Real e Bragança, planear uma Linha do Vale do Sousa que passe por Felgueiras;
  • a alta velocidade não é uma questão de km/h, é uma forma de encurtar distâncias no país. A nova linha de alta velocidade entre Lisboa e Porto enquanto espinha dorsal da rede, interligando com as outras linhas e aproximando o litoral e o interior;
  • interligar o comboio com o transporte ferroviário (um único bilhete para toda a viagem, que teria apenas um transbordo) e considerar soluções como metros ligeiros ou metrobuses.

Pedro Nuno Santos, Ministro das Infraestruturas: “Este país tem um problema crónico de dependência de importações. O principal componente de importações é combustíveis fósseis e nós ainda hoje não temos a nossa rede ferroviária electrificada. Um país que produz energia renovável como poucos na Europa, que não tem uma pinga de petróleo, andou durante décadas a financiar o automóvel e a desinvestir na ferrovia, que facilmente podia ser electrificada. Um país que importa e que desinvestiu num meio de transporte que permitia ao país depender menos de combustíveis fósseis.”