Ter o comboio a chegar ao centro da cidade é um luxo que várias cidades e também muitas vilas não têm, tornando o comboio pouco competitivo e interessante para as populações. Coimbra vai perder a sua estação principal, utilizada por 113 mil passageiros por mês (2018), e onde terminam vários comboios regionais e urbanos. O objectivo é substituir os carris pelo “metrobus” do Mondego, forçando os passageiros a trocar em Coimbra-B (125 mil passageiros por mês) se quiserem chegar à baixa.
Depois da massificação do automóvel ter interrompido a ligação ferroviária entre Coimbra-A e Coimbra-Parque, depois do encerramento do Ramal da Figueira da Foz até à Pampilhosa, depois do erro que foi destruir o Ramal da Lousã antes do tempo e com a promessa de um metro caríssimo que nunca chegou, a desactivação aparentemente inevitável da estação central de Coimbra poderá ser a próxima grande maldade política que farão a esta região do país.