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Editorial

Marcelo vai ouvir representantes de todos os media”. Esta foi a notícia que li há um par de semanas e na segunda-feira da semana passada essas reuniões entre Marcelo e a comunicação social lá aconteceram.

Sou representante de um media. Estou registado na ERC como tal, cumpro os meus deveres e obrigações. Mas ninguém me convidou. Ninguém quis ouvir o Shifter nem qualquer outra publicação que ocupa um espaço mediático alternativo: Fumaça, Mapa, Gerador, Divergente, Qi News.

Marcelo não quer saber dos media independentes, mas é um Presidente que chama influencers a Belém.

Os media independentes podem ser pequenos (no caso do Shifter, até temos milhares de visualizações por dia), mas para bem da pluralidade e do discurso democrático são tão importantes e necessários quanto todos os outros. Os 15 milhões do Governo para apoiar a comunicação social nestes tempos difíceis também não vão chegar cá. E eu a achar que o Estado não podia tomar partido.

Aqui partilho uma referência ao editorial que publicámos há uns dias no Shifter. Não é um choro, é um texto simbólico que fala sobre a urgência de medidas que, sem excluir ninguém, fomentem a cultura e literacia mediática – tão pobre em Portugal.