Dentro de Lisboa é possível andar nos transportes públicos sem dinheiro físico. Basta ter o cartão verde carregado (zapping) ou associado à conta bancária (Viva Go). É bastante prático, pois nem sempre temos trocos na carteira ou um Multibanco ao pé.
Já nos subúrbios o cenário é diferente. Por algum motivo, empresas como a Vimeca não aderiram ao zapping (muito menos ao Viva Go, uma inovação mais recente). Então, se não tivermos dinheiro físico no momento em que estamos a apanhar um autocarro, basicamente estamos lixados. Na Vimeca ainda é “à antiga”: ou se compra o bilhete antes num sítio qualquer específico; ou se compra ao motorista (esperando mesmo ter moedas suficientes ou uma nota perdida na carteira); ou se perde o transporte.
Mas tento ver as coisas pelo lado positivo. Neste mundo cada vez mais digital e automatizado, o “à antiga” sabe bem. Afinal, o “à antiga” também significa ver o motorista a refilar do carro mal parado com uma mão no volante e outra a puxar do bolso da camisa uma nota de 5 para o troco, logo de seguida a dar uma guinada na rotunda e, por fim, a pegar na caixa das moedas para completar o troco.