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O Web Summit da política

Na primeira foto, o Altice Arena cheio para Snowden. Na segunda foto, a sala já bem mais vazia e várias pessoas a tentar sair, quando o Ministro da Economia e o Presidente da Câmara subiram ao palco.

O Ministro da Economia e o Presidente da Câmara de Lisboa entraram de rompante num Altice Arena ainda cheio – cerca de 20 mil pessoas –, mas só depois de Snowden ter falado. A sua chegada não passou despercebida, tal era a quantidade de pessoas que os acompanhavam e que depressa formaram uma massa escura à frente do palco (quase maior que a dos fotógrafos). Mas, quando foi a vez de Siza Vieira e Medina subirem ao palco para o habitual discurso de abertura, a arena já estava bem mais vazia.

Foi, aliás, no momento em que Paddy Cosgrave, mestre de cerimónias do Web Summit, entrou em palco com Pedro Siza Vieira e Fernando Medina que se começou a dar uma espécie de êxodo geral da sala. Os sectores superiores da arena já estavam praticamente vazios e mesmos cá em baixo, no piso térreo, eram visíveis várias cadeiras vazias – cenário que as câmaras não conseguiram esconder. As filas acumulavam-se junto às saídas, enquanto Siza Vieira, o Ministro, falava (uma vez mais) da velocidade com que a tecnologia muda para logo a seguir Medina, o Presidente da Câmara, repetir (mais uma vez) que Lisboa é uma cidade aberta e acolhedora.

Será que as pessoas já não têm “pachorra” para este palavreado político? Ou será que foi o facto de ser já hora de jantar que pesou na decisão? Ou terá sido uma mistura dos dois? Certo é que os discursos políticos parecem coincidir, ano após ano, com a abertura dos noticiários das 20.

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