Por um lado, é bom ver a Câmara de Lisboa a avançar com mais criação de infra-estrutura ciclável na cidade, de modo a cumprir a promessa dos 200 km até 2021. Por outro lado, é bom vê-la a anunciar sem medos e com “pompa e circunstância” essa nova infra-estrutura.

Há mais utilizadores de bicicleta em Lisboa, que hoje ainda, apesar das mudanças recentes, esbarram numa cidade inóspita, onde o espaço público é pouco democrático, favorecendo claramente uma forma de mobilidade, e onde muitos não estão acostumados a partilhar a estrada. Ver estes cartazes deixa-me com esperança de que, um dia, Lisboa será verdadeiramente ciclável, isto é, que um dia será mais fácil escolher não andar de carro e que passará a existir uma coexistência mais saudável entre todas as forças de mobilidade possíveis no contexto urbano. É precisa esta infra-estrutura, é preciso que as pessoas a usem e que abusem dela, e, acima de tudo, é preciso que todos nós respeitemos os outros.