Avançar para o conteúdo

O ‘Meco’ podia aprender com a Arrábida

O campismo do SBSR em 2014

Se pensássemos uma cidade do zero – imaginemos que tínhamos esse poder –, temos de na sua urbanização de prever a mobilidade das pessoas. Estabelecer serviços próximos, a distâncias acessíveis a pé ou de bicicleta, e criar redes de transporte público boas e eficientes são duas ‘regras de ouro’ para evitar trânsito, poluição de toda a espécie e todos os outros efeitos negativos decorrentes do recurso a veículos privados. Mas uma cidade não está sozinha no mapa, e precisa de ter ligações a outras localidades próximas: o comboio ou o autocarro são das melhores opções que se conhecem para longas distâncias, e permitem satisfazer um elevado número de pessoas que faz trajectos previsíveis – se vamos todos para o mesmo lado, porque não irmos juntos?

Um festival de música é como que uma cidade que brota numa dada zona e desaparece ao fim de uns dias, deslocando milhares de pessoas para uma zona que habitualmente não comporta tamanha densidade populacional. Tal como uma cidade, um festival precisa de estabelecer serviços acessíveis a pé para que, por exemplo, não seja preciso pegar no carro quando é preciso abastecer a despensa da tenda, nem seja preciso carro sequer – no recinto e campismo há desde serviços de restauração a posto médico ; precisa também de criar ligações em transporte público com as cidades periféricas, de onde vários festivaleiros chegarão. Novamente: se vamos todos para o mesmo lado, porque não irmos juntos?

O Meco pode aprender com a Arrábida. Fazer um festival ‘amigo do ambiente’ não é só colocar cerveja a ser vendida em copos reutilizáveis, eliminar os brindes de plástico, espalhar ecopontos pelo recinto ou instalar casas-de-banho de compostagem, que não usam produtos químicos. Passa também por eliminar o transporte automóvel privado, principalmente realizando-se o evento numa área rodeada de Natureza.

Texto completo em shifter.pt.