A Apple revelou esta segunda-feira o macOS Catalina e disponibilizou uma primeira versão beta para programadores – quem não é programador pode descarregar o ‘beta profile’ neste site ou aguardar pelo beta público que sairá algures em Julho (versão final só depois do Verão).

O novo macOS tem poucas novidades, a principal delas é o fim do iTunes. Ou seja, 18 anos depois de ter sido lançado, a Apple decidiu dividir o iTunes no Mac em três apps: uma para música, outra para podcasts e uma terceira para filmes e séries, a pensar no serviço de streaming que irá lançar este ano.
Esta separação do iTunes teria de acontecer mais cedo ou mais tarde, uma vez que o iTunes se tinha tornado uma aplicação demasiado densa. Era a nossa biblioteca pessoal de música, um serviço de streaming, tinha rádio, era um cliente de podcasts, era uma loja de música e de filmes, servia para sincronizar iPods, iPhones, etc…, já foi uma rede social e também já teve a App Store integrada. Ouvir música com o iTunes e usar o Apple Music era, na minha perspectiva pelo menos, uma experiência péssima. Era urgente dividir o iTunes aos bocados; no iOS já havia apps separadas para música, podcasts e vídeos, o macOS precisava disso.

A iTunes Store continua viva, mas é agora uma funcionalidade que precisa de ser activada dentro da nova app de música. Vem ocultada por defeito.
A app de podcasts também parece ser bastante robusta; pode ser que agora passe a ouvir mais podcasts através do Apple Podcasts. Já aplicação para filmes e séries, chamada Apple TV, é paupérrima, pelo menos por cá e por agora, pois o Apple TV+ não foi lançado e a oferta de conteúdos da Apple em entretenimento em Portugal resume-se aos filmes da antiga iTunes Store.


Voltando à nova app de música e ao fim do iTunes: o que me fez largar o Spotify e escolher o Apple Music foi a conjugação de biblioteca pessoal com o serviço de streaming. No iTunes já dava para ter isso mas a aplicação era confusa e lenta por ter as outras coisas agarradas. Esta nova app mantém as duas coisas lado a lado e com uma melhor organização, focada em música.
Por exemplo, no velho iTunes tínhamos três menus distintos para navegar e ouvir música:
Outro problema do iTunes era não dar para pesquisar na nossa biblioteca e no Apple Music em simultâneo, tinha de ser num ou noutro. Também constantemente me aprecia um erro de não ter sessão iniciada no iTunes – tinha de fechar a aplicação e voltar a abri-la. E o Apple Musica era já por si demasiado lento. As primeiras impressões da nova app de música são positivas.