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O fim d’O Corvo

Lisboa ficou hoje mais pobre.

O Corvo era um projecto jornalístico importante para a nossa capital. Esmiuçava promessas por cumprir, problemas na cidade e preocupações dos moradores.

Fazia um trabalho que mais ninguém fazia.

Desde 2013, O Corvo procurou tratar os assuntos locais, colocando-se ao lado de quem vive a cidade e não de interesses políticos ou económicos. Quando era para ser crítico, O Corvo era crítico – mesmo quando falava da nova Praça de Espanha ou do novo projecto urbanístico de Entrecampos. No fim de contas, procurava “informar sem agendas escondidas” e “reflectir os principais desafios quotidianos enfrentados por uma comunidade tão ampla e heterogénea como é a que vive a cidade de Lisboa”. Foi nesse sentido que perguntou sistematicamente porque é que partidos políticos podem encher as praças mais emblemática da cidade, porque é que há espaços verdes ao abandono, lixo a acumular-se nas ruas, pessoas a serem despejadas das suas casas, porque é que há uma biblioteca inaugurada há apenas dois anos mas já com infiltrações e tectos a cair. Simultaneamente, traçava perfis das várias freguesias de Lisboa, falava de jardins esquecidos, comemorava marcos culturais, patrimoniais e históricos importantes para a cidade.

@ Shifter

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