Não sei como são as Caldas da Rainha além do Impulso. Mas quando lá estive este fim-de-semana fiquei com a impressão de uma cidade, cheia de vida, carregada de oferta cultural e de jovens. As Caldas, escrevia eu no Twitter, provam que a descentralização é possível.
O tweet em questão teve várias respostas. Alguns parecem ter concordado com o botão de “gosto”; e recebi respostas como estas:
Mas também recebi respostas como estas:
É giro como cada pessoa tem uma percepção diferente da mesma cidade, do mesmo espaço. Já estive nas Caldas algumas vezes noutro contexto que não sozinho e num festival de música: fui lá muitos fins-de-semana com os meus pais ao Mercado da Fruta, que ainda hoje se realiza, reunindo na praça central da cidade cheiros e sabores fantásticos. Lembro-me também de passear nas ruas e naquele jardim central gigante. É claro que as memórias que guardo das Caldas desvanecem ao longo do tempo, mas a minha atenção na altura estaria nas coisas que movem um pequeno miúdo.
Eu gosto das Caldas. Sempre ouvi maravilhas da Escola Superior de Design (ESAD) de lá; e saber que os seus alunos são capazes de montar com a ajuda dos seus professores dois grandes eventos, únicos no país – o Festival Impulso e o Caldas Late Night – é sinal de que são malta com garra e vontade. Isso é bom.
Não acredito que as Caldas sejam uma cidade morta além desses eventos, até porque esses jovens estão lá praticamente o ano inteiro. As Caldas que encontrei pareceram-me uma cidade completa. Havia um pequeno centro comercial com as “lojas das grandes cidades” e um cinema; havia bastante comércio na rua que não foi sugado por esse shopping e sem mantém de pé; haviam restaurantes distintos e variados, incluindo um de “comida saudável”. A cidade não era muito grande nem muito pequena, parecendo ter o “tamanho certo” como tem o Porto – e respirar a mesma vibe criativa que se sente lá em cima na Invicta.
Não sei. Estas são as minhas notas sobre as Caldas. Sobre o Impulso, falaremos em breve.