Há uns meses, por altura do Verão, o DN passou a ser impresso apenas uma vez por semana e aparecer ao domingo na banca. Com ele passou a sair, a cada domingo uma revista diferente: no 1º domingo de cada mês, a DN Life, dedicada a saúde e família; no 2º domingo, a Evasões 360, de viagens; no 3º, a DN Ócio, de luxo e lifestyle; e no 4º domingo, a DN Insider, sobre tecnologia.
Esta dinâmica das revistas estilo “feira de aldeia” era gira – e conjugava bem com o jornal, que fugia à actualidade vazia, imprimindo semanalmente um conjunto de assuntos e de reflexões; quase como que um “best off” das notícias que no dia-a-dia fomos ouvindo, vendo e lendo aqui e ali, às vezes sem muito tempo para parar e pensar. O domingo, com o DN, tornou-se esse momento de reflexão entre uma semana e outra. Com menos páginas que o Expresso, o DN tornou-se aquele jornal de síntese do que se passa, editado “sem merdas”, sem politiquices.
No final de 2018, o DN saiu ao sábado e vai daqui a adiante sair ao sábado. Apresentou-se com o dobro das páginas que o habitual, mas tratou-se de uma “edição especial” de aniversário. A mudança do dia terá como justificação o encerramento de algumas lojas de jornais ao domingo, bem como com o facto de o Expresso sair ao sábado. O DN passa a estar dois dias cá fora e a poder ser lido durante um fim-de-semana inteiro, o que é uma boa notícia. Mas espero que isso não traga uma maior rivalidade com o Expresso; leia-se antes: espero que isso não torne o DN igual ao Expresso.
Certo é que a última edição, apesar de comemorativa, trouxe já algumas novidades como o fim das revistas. Tal como o Expresso, o DN passa a vir com uma só revista, igual todos os domingos e chamada 1864 (é o ano de fundação do DN). As quatro revistas, lançadas há apenas cinco meses, passam a estar apenas no digital – ou seja, passam a ter um fim já ditado. Esperemos que não, mas não tenho muitas esperanças. É pena. O DN Insider, por exemplo, tinha potencial.