Quando um comboio é suprimido, se atrasa ou não nos serve como esperávamos, culpamos a CP. Mas que “CP” devemos de facto culpar? Os maquinistas, revisores e outros funcionários que dão a cara? A administração da empresa? Os governos?
A SIC lançou, há uns dias, uma excelente reportagem que sugere uma resposta a essa dúvida: se a nossa ferrovia está como está, a culpa é de do poder político e de quem manda na CP, pessoas que parecem mais preocupadas com outros interesses que não criar um bom serviço público. Por exemplo, prefere alugar a Espanha ou comprar novo, em vez de arranjar e manter o material que tem. Um dado: aquilo que o Governo vai gastar agora na compra de 22 comboios (que só vão chegar daqui a uns anos) gasta com auto-estradas em apenas 18 dias.