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Tornou-se o tema da semana em Lisboa.

Uma proposta do Livre aprovada por maioria em reunião de Câmara – com os votos contra dos vereadores da lista de Moedas – lembrou-nos de que no “governo da cidade” não há uma oposição propriamente dita. Na verdade, todos os vereadores (mesmo os que foram eleitos por outras listas) podem fazer e aprovar propostas para a cidade – se conseguirem uma maioria entre o executivo, claro. A composição desse executivo é uma tradução directa das eleições autárquicas.

Em lisboaparapessoas.pt, publicámos um explicador que ajuda a perceber o funcionamento de uma Câmara Municipal e que procura contextualizar a proposta em causa.

Entre várias medidas, a deliberação do Livre inclui a restrição do trânsito automóvel na Avenida da Liberdade aos domingos e feriados para dar espaço às pessoas, e uma redução em 10 km/h dos limites de velocidade na cidade. O objectivo, segundo o partido, é promover ma “redução da dependência dos combustíveis fósseis” na cidade.

Boas leituras! 💚

Na semana passada, fui conhecer com o Diogo Martins as novas acessibilidades da estação de Metro de Entrecampos e perceber as dificuldades que ele e tantas outras pessoas enfrentam nas suas deslocações em Lisboa.

Reportagem no sítio do costume, em lisboaparapessoas.pt 💚

Por exemplo, sabiam que o Diogo tem de marcar com 12 horas de antecedência uma viagem de comboio na cidade? E que, mesmo nas estações acessíveis do Metro, ele tem de pedir ajuda de alguém da estação para vencer o degrau entre a plataforma e a carruagem?

Gosto muito destas estações de Metro mais antigas, com este aspecto mais sombrio e industrial 🚇

No primeiro ano e meio, foi isto que conseguimos. Venham daí os próximos meses! 💚

Lisboa Para Pessoas

Há novidades do processo participativo das Avenidas Atlânticas do Porto, que inclui ciclovia.

Das quatro propostas em cima da mesa, 45% das pessoas que participaram preferiu uma das duas propostas (C ou C1) que mantém a ciclovia no canal viário e reduzem o número de vias de circulação automóvel para 2 + 1 de viragem.

Mas 55% escolheu uma das duas propostas (A ou B) que aumentam as vias de circulação automóvel para 4 e transportam a ciclovia para a área do passeio marítimo, reduzindo a sua largura (a proposta A coloca a ciclovia ao nível da estrada e a proposta B ao nível do passeio).

👉 Proposta A – 31% – passeio reduzido em 2,50 metros para encaixar ciclovia, que se mantém ao nível do canal viário; 2 vias automóvel por sentido;
👉 Proposta B – 24% – ciclovia colocada em cima da área do passeio e delimitada do espaço pedonal com mobiliário urbano; redução do passeio em cerca de 5 metros; 2 vias automóvel por sentido;
👉 Proposta C – 15% – passeio inalterado; ciclovia no canal viário, que passa a ter 1 via de trânsito por sentido mais 1 via central para viragens à esquerda/direita;
👉 Proposta C1 – 30% – igual à proposta C mas com árvores na via central quando não existem zonas de viragens.

Se considerarmos as propostas C e C1 uma só ideia e a C1 apenas uma variação da primeira, então pode dizer-se que a maioria prefere uma redução do espaço automóvel. No total, houve 943 participações válidas, a maioria (82%) de habitantes da cidade do Porto.